PAPO DIVERSIDADE
O Coletivo Casulinho e a Bodega Ecológica de Quixadá realizaram nesta segunda-feira, dia 29 de janeiro, o evento Papo Diversidade. A atividade ocorreu em virtude do Dia Nacional de Visibilidade Trans, e teve como objetivo debater a cerca das causas e dos problemas enfrentados por essas pessoas. O evento contou com a participação de representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, da Casa de Saberes Cego Aderaldo, do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de Quixadá e vários lutadores e lutadoras sociais da cidade.
O Brasil teve 257 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+
no ano de 2023, é o que revela o levantamento realizado pelo Grupo Gay Bahia (GGB), mantendo o país como o mais
LGBTfóbico de todo o mundo. De acordo com o grupo, em 44 anos de pesquisa esta é a primeira vez que a notificação de
mortes violentas de pessoas transgêneros ou travestis, ultrapassa a de homens gays. Entre as 257 vítimas fatais, 127
faziam parte do primeiro grupo, enquanto 118 forma o segundo. Ainda houveram 9 mortes de mulheres lésbicas e 3 de
bissexuais.
Com indicação racial de apenas 34% das notificações, o estudo identificou que 14,39% das vítimas forma caracterizadas como brancas, 10,89% como pretas e 10,89% como pardas, enquanto 66,2% não foram identificadas. No recorte etário, a vítima mais jovem tinha apenas 11 anos, e 67% das vítimas estavam na faixa de19-45 anos. Entre as vitimas trans ou travestis, as profissionais do sexo foram as que mais apareceram no levantamento, contabilizando 18 vítimas, enquanto os professores foram os mais contabilizados na identificação de homens gays, com 11 no total.
Segundo o levantamento, os estados brasileiros que mais notificaram mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ em 2023 foram São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, respectivamente. Entre as capitais, São Paulo aparece na lista com maior prevalência de registros, seguido por Rio de Janeiro, Manaus, Salvador e Fortaleza.

